domingo, 1 de dezembro de 2013

Sou um drama mexicano. Uma comédia vulgar. Sou a cerveja sem espuma, a casa sem lar. Sou o olhar 34 - sou ao contrário. Sou o michê pago em moedas, sou o fim degradante de virgens donzelas. Sou o pássaro ousado que caiu do ninho, sou a pedra no caminho. E se há pedra no caminho, me chutam. Sou o pênalti perdido. Sou a copa da casa, que recebe visitas mas não atenção. Sou reserva, e reservado. Sou o palhaço sem graça, a bailarina sem ponta, sou o pano que cai ao fim do espetáculo. Eu sou o raio, eu sou o que a parta também. Sou qualquer coisa, e continuo sendo ninguém.”

Severinar

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