sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Só fecho os olhos e espero. Porque a espera é um dom, e a paciência é a virtude que tento aprender, já que não veio do ventre comigo. Eu só busco manter a mente ocupada nos poucos momentos em que posso deixá-la livre, para que assim pensamentos ruins ou devaneios não me invadam naturalmente. Deixo tudo com o tempo, o alinhamento dos planetas, a sorte, O Criador, os ventos. Já sou lotada de preocupações básicas e, do resto, o universo cuida. Em todos esses anos aprendi que o nosso ninguém tira. O que tiver que acontecer, acontecerá de qualquer jeito. Podem tentar burlar, jogar pregos no caminho, me fazer tropeçar. Pode demorar o tempo que for, o que é para ser, sempre será. E é por isso que eu aguardo por aquilo que não posso alterar ou fazer valer. Espero por aquilo que, no momento, minhas mãos não alcançam. Quem sabe um dia a maré traga-me um banquinho. Por isso, solto aquilo que não mais consigo segurar. Sei que, se for meu, a brisa um dia há de me carregar junto. Eu só… fecho os olhos e abro o peito. E espero ,com toda a fé do mundo, a minha hora para tudo.
— rio-doce

Nenhum comentário:

Postar um comentário