terça-feira, 31 de julho de 2012

“Quem um dia irá dizer que existe razão, nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão? Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar, ficou deitado e viu que horas eram enquanto Mônica tomava um conhaque, no outro canto da cidade, como eles disseram… Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer e conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer… Um carinha do cursinho do Eduardo que disse: “Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir”, festa estranha, com gente esquisita. “Eu não ‘tou’ legal, não agüento mais birita” e a Mônica riu, e quis saber um pouco mais sobre o boyzinho que tentava impressionar. E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa: “É quase duas, eu vou me ferrar…” Eduardo e Mônica trocaram telefone, depois telefonaram e decidiram se encontrar. O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard. Se encontraram então no parque da cidade, a Mônica de moto e o Eduardo de camêlo. Eduardo achou estranho, e melhor não comentar, mas a menina tinha tinta no cabelo. Eduardo e Mônica era nada parecidos ela era de Leão e ele tinha dezesseis, ela fazia Medicina e falava alemão e ele ainda nas aulinhas de inglês. Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, de Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud e o Eduardo gostava de novel e jogava futebol-de-botão com seu avô. Ela falava coisas sobre o Planalto Central também magia e meditação e o Eduardo ainda tava no esquema “escola, cinema, clube, televisão”… E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente ma vontade de se ver, e os dois se encontravam todo dia e a vontade crescia, como tinha de ser… Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro, artesanato, e foram viajar. A Mônica explicava pro Eduardo coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar… Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer e decidiu trabalhar… Nããããoooo! E ela se formou no mesmo mês que ele passou no vestibular e os dois comemoraram juntos e também brigaram juntos, muitas vezes depois todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa, que nem feijão com arroz.. Construíram uma casa a uns dois anos atrás, mais ou menos quando os gêmeos vieram, batalharam grana, seguraram legal a barra mais pesada que tiveram. Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília e a nossa amizade dá saudade no verão, só que nessas férias, não vão viajar porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação. Ah! Ahan! E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?”
— Eduardo e Mônica - Legião Urbana

segunda-feira, 30 de julho de 2012


Tem beijo que parece mordida, tem mordida que parece carinho. Tem carinho que parece briga, tem briga que aparece pra trazer sorriso. Tem riso que parece choro, tem choro que é por alegria. Tem dia que parece noite, e a tristeza parece poesia. Tem motivo pra viver de novo, tem o novo que quer ter o motivo. Tem aquele que parece feio, mas o coração nos diz que é o mais bonito.


— O Teatro Mágico.

domingo, 29 de julho de 2012

“Ainda é cedo, acabaras de conhecer o amor e mal começastes a conhecer a vida e já quer largar tudo sem saber mesmo o rumo que irás tomar. Preste atenção querida embora esteja pensando em se afastar de tudo e de todos por um amor não correspondido saiba que a vida é um moinho e ela ainda vai triturar muito teus sentimentos esse teu coração ingênuo e imaturo pra que tu aprendas a se defender. Embora estejas resolvida, pare e reflita um pouco. Pode estar doendo menina, eu sei que está. Só quem sente a dor sabe o quão pode ser profunda. Confia em mim você supera, mas não tente superar olhando as noites passarem e esperando o nascer do sol. Tente superar, arrumada, bonita e em cima de um salto alto. O problema das moçinhas com corações quebrados é justamente esse, ninguém supera ouvindo músicas tristes e vendo a chuva cair, derramando lágrimas junto com você. Você supera, a partir do momento que troca a coxa de cama e deixa as lagrima irem embora, muda a agenda telefônica, refaz o visual e vai se divertir, vai ser feliz. Viver. Ouça-me bem amor, se continuar chorando por quem não te merece, quando notares estará à beira de um abismo que cavares com os teus próprios pés. Chega de sofrer tanto por quem não lhe merece. Levante esse seu rosto pequena e vai correr atrás dos teus sonhos, da tua felicidade. Ela não vai vir de uma hora para outra, bater em sua porta, não vai ficar te esperando, não. Enquanto choras, muitos estão lá roubando o que é seu por direito.Deixa seus devaneios, desamores e mágoas trancados e os jogue de lado. Sacode essa tristeza, princesa. Mande-a para longe de ti, porque tu és merecedora de somente o melhor.”
— Brenna (palavras-entaladas) and Jade (fuck-all-your-love)
“Você pode dirigir com 16, ir para a guerra aos 18, beber aos 21, e se aposentar aos 65. Mas, qual a idade você tem que ter antes que seu amor seja verdadeiro?Já tive aos montes pessoas que não compensam esquentando a cadeira ao lado do cinema, o banco ao lado do carro e o travesseiro extra da cama. E nem por um minuto senti meu peito aquecido. A gente até engana os outros de que é feliz, mas por dentro a solidão só aumenta. Estar com alguém errado é lembrar em dobro a falta que faz alguém certo.”
— Remember me

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Eu preciso que alguém perceba que eu estou mal mesmo sorrindo. Eu preciso de cuidados, proteção, preciso de um colo, um abraço bem apertado, um “vai ficar tudo bem”. Preciso de alguém que se importe, porque eu não ando muito bem de uns tempos pra cá. Ando tão estranha, carente, triste e sozinha. Quero alguém que só me ofereça um ombro amigo, sem me perguntar o que eu tenho ou como eu estou me sentindo. Só quero alguém que se importe realmente comigo, alguém que cuide bem de mim.


É amor quando acordo de manhã e vejo um sms seu.É amor quando fico o dia todo pensando em você.É amor quando coloco minha cabeça no travesseiro e fico imaginado nós.É amor quando falo que não quero você.É amor quando sinto o ciumes bobo.É amor quando brigo com você.É amor toda vez que solto suspiros.É amor,toda hora,todo momento,todo segundo.

-Aline.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

"Eu passo o dia pensando em coisas bobas, como na cor do edredom em que iremos dormir agarradinhos, ou se iremos assistir um filme de terror ou uma comédia romântica quando formos estreá-lo em nosso quarto num dia bem frio. Aliás, nossa cama será grande e espaçosa ou pequena para que possamos dormir bem pertinho um do outro? Ah, e temos que pensar também nas cores das paredes, nas posições das janelas, precisamos escolher a cor das luzes e dois travesseiros bem fofinhos. Se bem que… (risos) esqueça tudo isso. Dane-se a cor do edredom, o importante é você estar debaixo dele comigo."
"Preciso confessar uma coisa: sinto um medo tremendo de olhar ao meu redor e perceber que não significo nada pras pessoas. Será que sentiriam a minha falta se eu não saísse mais da cama pela manhã, ou agradeceriam por não terem mais que arrumar os meus cobertores?"
"Odeio quando as coisas ficam assim, incertas, pela metade. Como uma árvore mal-cortada prestes a despencar a qualquer momento, que pode muito bem cair para qualquer lado e machucar qualquer um. E nós sabemos que esse “um” sempre sou eu." 
"Ela nunca foi normal e nunca teve a paciência pra nada nessa vida. E o engraçado é que o que ela mais precisava, ela não tinha. Extremamente ciumenta, extremamente dramática, extremamente chata e se apega as pessoas ao extremo. Sempre foi intensa em tudo e até no que não era pra ser. As vezes demonstrava o que não era pra demonstrar ou demonstrava demais e acaba se atrapalhando nas próprias decisões. Sempre se sentia o erro de qualquer coisa que acontecesse. Chorava por se sentir errada ou por não ser o suficiente pra nada, sempre tinha que mudar. Ficava frustrada com a quantidade de pessoas que entravam e saiam da sua vida sem ao menos se despedir. Era uma pessoa difícil de lidar, se importava com pequenas atitudes e pequenos gestos, e as vezes se importava até demais. Menina intensa, menina difícil, sarcástica e meiga. Mas ela tinha um bom motivo pra ser do jeito que era : tinha medo de se decepcionar de novo,e de novo e de novo. Porque sabia que iria sofrer,  porque sabia do jeito que era e no estado que ficaria após tal decepção. As pessoas costumavam entrar na vida dela, transformavam num caos e depois simplesmente sumiam, ninguém nunca ficara pra arrumar a bagunça que ficava depois de tal destruição...
Parece que todos tinham preguiça de conseguir chegar ao fundo do que ela era, fazendo com que ela se apegasse a pessoa antes mesmo de a conhecer profundamente. Talvez as pessoas se cansassem dela rapidamente, o que a machucava muito e a fazia ser uma menina que nunca estivesse bem consigo mesma."

-Talissa Santos.
“Yasmin
Menina baixinha com os olhos puxadinhos e o sorriso que mostra todos os dentes. Tem sotaque mineiro, voz aguda demais e cabelo curtinho, quase na nuca. Os olhos são escuros e as bochechas são lotadas de sardinhas claras que a deixam parecida demais com uma criança. Anda desfilando pelas ruas, exibindo seu bumbum redondo e suas coxas grossas demais. Tem peitos empinados e perfeitamente desenhados. Quando ela olha para mim, tem mania de fechar os olhos devagarzinho e sorrir com o cantinho dos lábios, só pra mostrar o quanto aquilo é importante. Quando digo “aquilo”, me refiro a este nosso joguinho que fazemos a meses, de troca de olhares e piscadelas quando o outro não está olhando. Nos conhecemos por acaso, quando andava pela rua e trombamos ferozmente um no outro. Lembro que ela me xingou e fechou a cara, mas quando olhou para minha blusa totalmente suja pelo seu suco morango, ela deu uma risadinha contagiante e me deu um aperto de mão bem firme. Rimos juntos por alguns segundos e logo em seguida já estávamos conversando como se fôssemos amigos íntimos a décadas. Foi naquele momento, momento quase perfeito eu diria, que eu percebi que talvez as coisas não acontecessem só por acaso. Ou então que o acaso era bom demais comigo e me fez esbarrar na menina mais linda da cidade só para mostrar a mim que o acaso existe.
Quando conversamos, ela encosta seus ombros nos meus, e deixa sua mão se pousar sob a mim “sem querer” inúmeras vezes. Ela olha diretamente nos meus olhos, como se estivesse buscando algo dentro de mim. Tem mania de morder os lábios sempre que não sabe a resposta de alguma pergunta que fiz a ela. É tímida na maior parte do tempo, suas bochechas coram sempre que lhe faço algum elogio e seus olhos brilham quando eu digo o quanto gosto dela. E incrível como ela me entende mesmo quando não dizemos uma só palavra. Ela sabe exatamente tudo que sinto e tudo que não sinto, só por um suspirar meu. Ela conhece minhas risadas, meus abraços, minha voz, e meu coração. Sabe de cor minhas músicas prediletas e sabe exatamente qual livro me dar no meu aniversário. Ela não costuma falar muito, geralmente ficamos nos olhando por vários minutos de silêncio. É como se ela gostasse disso, desse silêncio que nos possibilita a calma e o som de nossas respirações nada calmas. Quando discutimos eu a deixo falar até que sua raiva cesse e ela, finalmente, aceite um abraço meu como pedido de desculpas, e claro, um oferecimento a mais de carinho. Ela não gosta dessas coisas de abraços, e contato físico além do necessário. Sempre se afasta quando nossos rostos estão perto demais. Mas mesmo com esse pouco “tocar”, ela ainda me faz sentir de um jeito que nenhuma outra fez sentir enquanto me beijava...
Nunca dissemos “eu te amo”, ela sequer disse que gosta de mim. Ela apenas me olha com aquele olhar profundo, e eu tenho a certeza de que ela gosta de mim, tanto quanto gosto dela. Quando nos olhamos, nos tocamos levemente e trocamos sorrisos, eu sinto algo muito bom, algo que eu não perceberia se estivesse a beijando, ou a tocando de outra forma. Eu não sei exatamente o que somos, mas se continuarmos apenas sendo “nós”, eu ficarei agradecido pelo resto de minha vida por aquele esbarrão que demos.”
— (amargar)
“Eu não sirvo pra amar, e é isso. Não sirvo pra amar, nem pra gostar, nem pra apaixonar, nem pra nada que envolva sentimentos idiotas e que eu não sei lidar. Porque quando eu gosto de alguém, eu gosto demais, gosto de verdade e com intensidade, do tipo que quer falar toda hora sobre qualquer coisa. E eu me entrego, meu Deus, como eu me entrego, me entrego antes mesmo de saber o que ele sente, como se eu fosse louca mesmo, que fica falando o tempo inteiro o quanto ele é importante e bla bla bla que ele nunca presta atenção, mas se prestasse, com certeza entenderia que eu gosto dele, e quem sabe lá no fundinho, ele também goste de mim. Só que “eles” nunca gostam de mim, nunca mesmo, sou a amiga, a querida, a engraçada, mas pra ser o “meu amor” eu não sirvo. Não sirvo porque sou sincera, grudenta, chorona, dramática, mandona e intensa. E ninguém gosta disso, ninguém quer alguém semi-louca pra fazer cafuné em pleno domingo chuvoso com tédio. Geralmente eles preferem a gostosona que faz sexo todo dia e sabe de cor todas as posições sexuais que mostram em filmes pornôs. Não querem a bobinha que fala demais e que prefere abraços à um sexo oral. Sou assim mesmo, juro, sou estranha, diferente, quase doente eu diria, tenho manias insuportáveis e um jeito de falar infantil demais; não sei ser sensual, não sei provocar e não sei conquistar. Sou tipo um enfeite que a gente põe na sala de estar, que é sem graça, ninguém nota, e sinceramente, se não fosse um enfeite não seria mais nada. Porque todas as vezes (malditas vezes) que eu me apaixonei, ele alegou inocentemente que nunca imaginou que eu me sentia assim, e que, infelizmente ele já gostava de outra e que, quem sabe num futuro nada próximo a gente não se acertasse? Quase dei socos, quase chorei, quase perdi a paciência e me atirei de um prédio só pra ser notada. Mas não, não fiz nada disso, fiquei quietinha sorrindo esperando pelo próximo babaca que eu iria me apaixonar. E no próximo não foi diferente, as mesmas desculpas, mesmo nhem nhem nhem e mesma despedida tola. Aí eu ficava com raiva e nunca mais falava com “eles”. Aí outro dia um amigo me disse “mas ninguém tem obrigação de gostar de você só porque você gosta dele”. Eu deixei pra lá, deixei pra lá porque ele tinha razão. Mas o fato de alguém não gostar de mim, não me impede de gostar desse alguém.”
Cibele Sena (amargar)

sábado, 21 de julho de 2012


"Vai garoto, segure na cintura dela, puxe-a para seu colo, tire fotos com ela, marque de sair com ela e seus amigos juntos, ria com ela mesmo que não tenha graça, discuta com ela quem ama mais, abrace ela por trás, diga a ela o quanto ela é linda e você ama o sorriso perfeito que ela tem, beije-a na frente de garotas que você conheça, mande sms’s pra ela na madrugada dizendo que sente falta dela, diga que ela é a única que faz seu coração bater mais forte e mais lento ao mesmo tempo. Fala pra ela, vai garoto."

sexta-feira, 20 de julho de 2012


É nos detalhes que a gente reconhece o amor, são naqueles pequenos gestos, como um beijo simples na testa, um “eu te amo” de surpresa, um abraço mais quente fora de hora, numa briguinha boba enquanto um fala, o outro de leve pega suas mãos e manda calar a boca, por que não adianta brigar, amor maior não ah. É naquele ciúmes bobo e exagerado, é ter ciúmes da sombra, é querer acompanhar em todo canto, é aquele dorzinha boba quando escuta a voz do outro alterada. Amor é essa maratona de sentimentos mesmo, é querer matar alguém ao mesmo tempo que se vive por ela, é querer bater, espancar, falar mais alto, mas ao mesmo tempo ter uma vontade incontrolável de pular no pescoço e dizer o quanto ama. Estar disposto a amar é muito mais que estar disposto a estar com alguém. Amar é sobreviver a infernos, é passar por cima de bobagens que atormentam, é cutucar o outro quieto, é irritar enquanto dorme, é dizer “desculpa amor, foi sem querer” em todas as situações, por mais que aquilo tivesse sido o que mais queria fazer, amar é querer ficar pra sempre, é querer fazer um minuto durar uma vida, é pensar que controla, mas estar totalmente, completamente, descontrolado. Amar é correr, caminhar por horas e não ter água, é ficar sem almoçar e sem jantar e ainda assim madrugar sem se alimentar, amar é sobreviver a coisas mais difíceis, é parecer impossível e de repente se tornar possível, por que simplesmente precisa ser. Amar é ser feliz pelo outro, é querer o outro, é desejar e precisar do outro, é ter brilho nos olhos na hora do encontro, por mais que já tenham se visto a pouquíssimo tempo, é não querer deixar ir embora, é não querer ir embora, é dar a desculpa de que está cedo, mesmo que já seja de madrugada. Amor é isso mesmo, amor é fato, é indumento, é a roupa que nos protege do frio, amar não é colocar um espaço pro outro no coração, amar é fazer do seu coração o lugar do outro. Amor é ódio efêmero, é beliscar e assoprar, é morder e fazer carinho, o amor é isso, sorrir sem motivo, amar sem precisar ter uma razão adequada, amar é além de tudo amar os defeitos do outro […] quer saber o que é amor de verdade? Eu e você.

Angélica (c-e)


"CHEGA DEVAGARZINHO, ME ABRAÇA POR TRÁS BEM FORTE E DIZ BAIXINHO QUE ME AMA?"

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Eu posso usar um short curto, e ser a menina mais inocente que você conhece. Posso falar palavrão, e ser fofa toda hora. Posso ter a aparência de quem não sabe nada, mas na verdade ser esperta pra caramba e ninguém se dar conta disso. Posso dar a entender que sou a mais ingênua do grupo, e ter só besteira na cabeça. Cuidado comigo, ninguém pode dizer quem eu sou, sempre vai haver aquela tal dúvida. Pois certeza absoluta, nem eu mesma tenho.
Eu e você correndo por dentro de casa, brincando de pega-pega ou esconde-esconde. Eu com pantufa de ursinho e você com pantufa de coelhinho. Eu perturbando você de todos os jeitos possíveis. Puxando seu cabelo, mordendo sua bochecha, colocando a mão gelada em você, falando da sua roupa. Nós dois dentro do armário de roupas, trancados, contando segredos. Teríamos uma mesa de de sinuca na sala e nossa cama seria um colchão no chão.Queimaríamos panelas tentando cozinhar, talvez botassemos fogo na cozinha e acabassemospedindo pizza e comendo sentados no chão da sala enquanto jogamos video-game. Se ficassemos entediados, pegaríamos a lista telefônica e passaríamos trote em algum desconhecido ou apertaríamos a campainha do vizinho e saíriamos correndo. Você me contaria todas as partes do seu dia, quando chegasse em casa, eu ouviria enquanto brinco com as suas mãos e pediria detalhes, mesmo que não me interessasse, só pra ouvir sua voz. Iríamos ao supermercado juntos, e você ficaria deslizando com o carrinho pra cá e pra lá ao invés de fazer as compras. Eu fingiria que não te conheço, quando as pessoas olhassem torto pra você. Quando eu estivesse dirijindo, você faria caretas pra tirar minha atenção ou brincaria de bagunçar meu cabelo. Quanto estivesse calor, dormiríamos em uma rede na varanda.Brigaríamos às vezes, pra não cair na rotina. Você me xingaria de todos os palavrões que conhece e eu não conseguiria segurar o riso. Faríamos as pazes com um abraço. Quando a briga fosse pior e demorasse um pouco mais para nos reconciliarmos, eu me trancaria no quarto e ficaria mal. Mas depois você arrumaria uma desculpa pra voltar a falar comigo, e nós conversaríamos horas e horas sobre como-eu-fiquei-mal-sem-falar-com-você. E perceberíamos como somos bobos por sequer pensaremos na possibilidade de perder um ao outro. Sabe aquele meu casaco velho, que você adora? Então, ele teria o seu perfume e não o meu, porque você o usaria mais que eu. E eu nem ligaria, porque ele fica muito melhor em você do que em mim, afinal. Aliás, meu coração tá muito melhor contigo do que jamais esteve comigo ou com outro alguém. Uma hora ou outra você teria crises e diria que tem medo de que eu encontre alguém melhor, e eu passaria horas tentando te fazer entender que não existe ninguém melhor do que você, e que se existisse, eu não trocaria. Vai ser uma linda história de amor-amizade, nós dois sabemos que vai.

“Ela é boba, ri de tudo e faz palhaçada. Ela sabe ser séria, fria e grossa. Ela é romântica, sentimental e se apega muito fácil. Ela se apaixona por sorrisos. Ela gosta de gente que a valoriza, gosta de se sentir importante e mais ainda quando é mimada. Ela ama fazer carinho, mexer no cabelo dos outros e de “morder” as pessoas que gosta. Ela é uma garota difícil de lidar, está cada hora de um jeito e é péssima em demonstrar o que sente.”

quarta-feira, 18 de julho de 2012


Me lembrei de nós. De como costumávamos ser feliz. Eu era a dona do seu sorriso, e adorava o jeito que olhava para mim. Me lembrei de quando dizia que me amava, eu me arrepiava por inteiro, meus olhos brilhavam e eu era a boba mais feliz do mundo. Me lembrei de como a gente se entendia, e do jeito que era o seu olhar, quando se encontrava com o meu. Me lembrei de quando dizia que eu era o seu mundo, de como você me abraçava e cuidava de mim. Hoje perdida em minhas lembranças, eu lembrei de como a minha vida era perfeita, quando existia um “nós”.


-Intimidade de Garota - Pâmela Ferreira
O que fazer quando a pessoa com quem você quer conversar sobre seu problema, é exatamente o problema?

terça-feira, 17 de julho de 2012

"Rafaela está trancada há dois dias no banheiro
Enquanto a sua mãe,
Toma prozac, enche a cara
E dorme o dia inteiro
Parece muito mas podia ser

Carolina pinta as unhas roídas de vermelho
Em vez de estudar
Fica fazendo poses
Nua no espelho
Parece estranho mas podia ser

O que você faz quando
Ninguém te vê fazendo
Ou o que você queria fazer
Se ninguém pudesse te ver

Gabriel e a namorada se divertem no escuro
E o seu pai
Acha tudo que ele faz
Errado e sem futuro
É complicado mas podia ser

Mariana gosta de beijar outras meninas
De vez em quando
Beija meninos
Só pra não cair numa rotina
É diferente mas podia ser

O que você faz quando
Ninguém te vê fazendo
Ou o que você queria fazer
Se ninguém pudesse te ver”

— Quatro vezes você, Capital Inicial
“Uma vez Augusto Cury disse: Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida.”
— One Tree Hill.

sábado, 14 de julho de 2012

“Não importa quantos caras passem pela sua vida. Quantos foras você leve, quantas noites você passe sem dormir chorando até os olhos cansarem. Se foram dezoito, ou só um. Não importa quantos amores mal resolvidos você já tenha tido, a verdade é que a gente nunca tá preparada pra mais um desses. Todos são… devastadores.”
— But, I like you.

sexta-feira, 13 de julho de 2012


"Ele não vai te ligar e pedir desculpas, talvez não fale com você nem por internet. Não vai se arrepender de nada do que fez, e nem reconhecer que errou. Não vai perceber que está te perdendo aos poucos, ou que já perdeu. Não vai pedir pra que tudo volte a ser como era antes, ele está feliz assim. Não vai dizer para os amigos que sente a sua falta ou algo do tipo, e nem lembrar de você ao ouvir uma música. Ele não vai passar noites acordado pensando no quanto poderia ter dado certo, nem vai ficar imaginando planos que um dia poderiam se realizar. Não vai sentir ciúmes ao ver você conversando com outro menino, e com toda certeza do mundo, não vai passar horas no seu perfil só pra saber como foi seu dia, ou se você se interessou por alguém. Ele não vai perceber que fez a maior burrada de sua vida, nem vai se lamentar por ter perdido a pessoa que o fazia sorrir. Ele não vai compartilhar fotos de casais no facebook, e nem escrever coisas tristes no twitter. Ele não vai chorar, nem sofrer e muito menos morrer de amor. Não vai dar justificativas do por quê de tudo ter acabado, e nem vai querer saber o que você pensa sobre, e nem como você reagiu a tudo isso. Ele não vai sorrir ao te encontrar na rua, e se te ver, não vai ficar pensando o dia inteiro em como seu cabelo estava lindo, ou em como o seu sorriso é estonteante. Ele não vai correr atrás de ninguém, e provavelmente logo estará com a menina mais fácil que encontrou por aí. Ele não vai te amar, isso, se chegou a amar um dia."
— Marília Lopes.   
"Eu não sirvo pra amar, e é isso. Não sirvo pra amar, nem pra gostar, nem pra apaixonar, nem pra nada que envolva sentimentos idiotas e que eu não sei lidar. Porque quando eu gosto de alguém, eu gosto demais, gosto de verdade e com intensidade, do tipo que quer falar toda hora sobre qualquer coisa. E eu me entrego, meu Deus, como eu me entrego, me entrego antes mesmo de saber o que ele sente, como se eu fosse louca mesmo, que fica falando o tempo inteiro o quanto ele é importante e bla bla bla que ele nunca presta atenção, mas se prestasse, com certeza entenderia que eu gosto dele, e quem sabe lá no fundinho, ele também goste de mim. Só que “eles” nunca gostam de mim, nunca mesmo, sou a amiga, a querida, a engraçada, mas pra ser o “meu amor” eu não sirvo. Não sirvo porque sou sincera, grudenta, chorona, dramática, mandona e intensa. E ninguém gosta disso, ninguém quer alguém semi-louca pra fazer cafuné em pleno domingo chuvoso com tédio. Geralmente eles preferem a gostosona que faz sexo todo dia e sabe de cor todas as posições sexuais que mostram em filmes pornôs. Não querem a bobinha que fala demais e que prefere abraços à um sexo oral. Sou assim mesmo, juro, sou estranha, diferente, quase doente eu diria, tenho manias insuportáveis e um jeito de falar infantil demais; não sei ser sensual, não sei provocar e não sei conquistar. Sou tipo um enfeite que a gente põe na sala de estar, que é sem graça, ninguém nota, e sinceramente, se não fosse um enfeite não seria mais nada. Porque todas as vezes (malditas vezes) que eu me apaixonei, ele alegou inocentemente que nunca imaginou que eu me sentia assim, e que, infelizmente ele já gostava de outra e que, quem sabe num futuro nada próximo a gente não se acertasse? Quase dei socos, quase chorei, quase perdi a paciência e me atirei de um prédio só pra ser notada. Mas não, não fiz nada disso, fiquei quietinha sorrindo esperando pelo próximo babaca que eu iria me apaixonar. E no próximo não foi diferente, as mesmas desculpas, mesmo nhem nhem nhem e mesma despedida tola. Aí eu ficava com raiva e nunca mais falava com “eles”. Aí outro dia um amigo me disse “mas ninguém tem obrigação de gostar de você só porque você gosta dele”. Eu deixei pra lá, deixei pra lá porque ele tinha razão. Mas o fato de alguém não gostar de mim, não me impede de gostar desse alguém."— Cibele Sena (amargar)
"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada, do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!"
— Autor desconhecido.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Coloque sua maquiagem e um sorriso no rosto. Levante a cabeça e seja forte. Porque o mundo não precisa saber que você passou a noite chorando.


— Marilyn Monroe

quarta-feira, 11 de julho de 2012

"Você gosta de gente que sorri o tempo todo, de gente espontânea e que fica rindo por qualquer bobeira. Você gosta dessa gente que vem sempre falar contigo, dizendo que sente falta, que tá com saudade e de gente que te dar 100% de atenção. Você gosta de gente com atitude, gente modesta, recatada, simples. E gosta mais ainda de gente que te dar “beijinhos” toda hora e que rir das bobagens que tu faz, e aliás, gosta também de gente que te elogia por tudo, pra tudo. Esqueci de dizer também que você gosta de gente que luta por você, que esforça pra te ter, que não desiste, que não te manda ir embora, pelo contrário, gosta quando te pedem pra ficar. Você gosta desse tipo de garota que te põe em primeiro lugar, dessas tipo “boba-besta-idiota-otária-imbecil-tola” que acredita em qualquer palavra que tu diga, desde o “eu te amo” até o “nunca mais quero falar com você”, desse tipo de garota que você a tem nas suas mãos, braços, pernas, veias, artérias, pulmão, que a tem de corpo e alma, que dedica totalmente a você. Que te obedece quando diz pra não sair com os amigos por ciúme possessivo teu, e mais ainda quando você a manda ir embora e ela continua aí, no mesmo lugar, te esperando e pedindo pra voltar. Você gosta dessas que te implora, suplica, e chega a rastejar por você, dessa que dar a vida por ti, dessas gurias iludida que não você só precisa dar uma piscada e elas se desmancham e reduzem a pó. Dessas que você não precisa dizer muita coisa pra reconciliarem e ela já volta com um sorriso enorme e dizendo que estava com saudades e pedindo desculpas por algo que ela não fez, algo que a culpa é tua. Você gosta desse tipo de garota que você pisa, menospreza, ofende, machuca, esmaga sem dó algum, dessas que tu magoa, fala mal da mãe, avó, tio, sobrinho e irmão, mas ela continua a acreditar em ti e não te abandona, te larga, te deixa. Você gosta dessas que não precisa de muito pra conquistá-la, só falar aquelas três palavras clichês e ela já encontra-se apaixonada por ti. Essas que tu tem fácil, sabe? Que se surpreende com qualquer coisa fútil que tu faça pra ela, que tu consegue em todo lugar, sempre tem dessas por aí, por aqui, tanto faz. Dessas daí que é só você dizer que não está bem, que já vem te dizendo mil e uma coisas, que, chegam a ser “motivadoras” pra ti, que pode até chegar a doer mais nela do que em você, e ela, começa a se preocupar mais em você do que nela, passa a te amar mais do que a si, e começa essa coisa de dizer que não quer te perder, que tem medo, e você esvaecer. E você realmente deve gostar desse tipo de garota bem melancólica, sabe? Que chora por qualquer tolice-besteira-bobagem, que se importa com tudo, com qualquer comentário que se refira a ela, a você. Sabe, tu realmente deve se apaixonar fácil por essas pseudo-mulheres que não passam de “garotinhas” mimadas querendo tua atenção, já que, você tem a delas. Dessas que você não dar valor algum, mas elas te dão total importância. Irônico, não? Eu nunca fui assim, eu sempre fui na minha, só respondia-te as perguntas que convinham á mim, eu nunca me importava com muita coisa que tu falava, na maioria das vezes, nem ouvi-as. Eu nunca me interessei muito com teus acenos, tuas indas e vindas, tuas palavras e gestos, nunca dei importância alguma. Eu era esse abismo oculto, esse precipício profundo, um oceano sem medida, e tu arriscou a pular nele, a navegar nele, e acabou se afogando. Tu sempre soube, desde o início que eu era pura confusão, desordem, bagunça, eu não pedi pra você ficar, eu não esperava que você ficasse, mas desejava. Você gosta de gente que você tem, assim, fácil, dessa gente que se encontra em todo canto-lugar-esquina-recinto. Você gosta de gente substituível. E eu sou o oposto disso."

—Ariel S.

terça-feira, 10 de julho de 2012

“Olha, eu sei o que é guardar tudo pra si mesmo.
A gente entra em casa calado, passa pela sala e abre um enorme sorriso, depois vai pro quarto, tira a roupa e entra no banheiro com o peito pesado de saudade, a gente abre o chuveiro e as lágrimas escorrem na mesma frequência. Em seguida, saímos do banheiro, vestimos uma roupa, e sentamos no sofá fingindo que nada aconteceu. E ninguém percebe. Nunca. E dói muito por dentro. Mas ninguém se importa, questiona, ou entende.”
— Ingrid.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

“Hoje eu não sinto mais saudade de você. Não estou dizendo essas palavras para te atingir, me vingar ou fingir que não estou mais nem aí. Só não sinto mais saudade de você. Antes aquela saudade me consumia, fazia meus olhos encherem de lágrimas, fazia meu coração tremer. Hoje tudo isso passou. Procuro no passado o que me fez te querer tanto. Não acho. Você continua bonito, engraçado e sedutor. Mas não vejo mais graça nisso tudo. Não me abalo mais com tanto poder de sedução. O encanto acabou, a magia se partiu, tudo ficou bem terminado aqui dentro. Isso antes me entristecia, hoje me deixa com olhar de paisagem. Não sinto nada. Nem seu cheiro sinto mais. Antes, fechava os olhos e conseguia sentir seu perfume. Passou. Meu Deus, eu achei que nunca ia passar! Pensei que meu sofrimento jamais teria fim. Mas teve. Um fim bonito. Um fim que não deixa nem saudade.”

— Clarissa Corrêa

sexta-feira, 6 de julho de 2012

“Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira.”
— Tati Bernardi.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012


Tu não me conheces. Tal como eu não te conheço. Mas sei que mais cedo ou mais tarde vais aparecer.
Vais tentar preencher o espaço que foi meu, vais tentar fazer com que ele se apaixone por ti. Vais querer seduzi-lo, encantá-lo... E possivelmente vais conseguir, ele vai passar a gostar de ti a querer-te por perto e eu vou detestar-te mesmo sem te conhecer porque vais ser tu a estar do lado do homem que amo e não eu.
E sabes porquê?
Porque fui fraca, cobarde, deixei-me guiar pelo escuro dos meus medos.
Porque sentia um mundo dentro de mim e só consegui demonstrar-lhe uma cidade.
Sabes o que isso é?
Quando queres ser feliz mas o teu passado te persegue?
Alguma vez te entregaste a alguém e ficaste de tal forma cega pelo que julgavas ser amor que te deixaste maltratar?
Um maltratar contínuo que te deixou marcas, marcas essas que vais carregar contigo para sempre.
Alguma vez deixaste que alguém te fizesse pensar que não valias nada e que nunca ninguém ia gostar de ti?
Eu já.
Já senti na pele a dor da desilusão, da humilhação, da angústia e do vazio.
Será que também pensas que os homens são todos iguais e não valem nada?
Deves pensar, hoje em dia todas as mulheres pensam nem que seja só por uma vez.
Eu pensava e afirmava mesmo: "Os homens são bons é para limpar o chão com a língua."
E sabes quem mudou isso?
O homem que tu vais conhecer.
Ao início, achei-o engraçado, com pinta e piada mas também um certo mistério.
Quis saber mais sobre ele, o que fazia, o que gostava, a forma como pensava e se expressava.
E logo aí nesse inicio eu percebi que ele era diferente e que valia a pena conhece-lo.
A ele e aquela aura de energia positiva que emanava.
Num ápice apaixonei-me.
Estás já a imaginar que te vai acontecer o mesmo não é?
De facto ele é um homem único e irresistível.
E eu nem te devia estar a contar estas coisas, mas é a verdade.
Sabes aquela sensação de que tens o coração quente e aconchegado?
Não?
Não te preocupes, ele vai fazer sentir-te assim. Isso e tantas coisas mais.
Mas olha, se ele for feliz contigo eu bem cá no fundo vou ficar feliz também.
Só gostava de ter tido a oportunidade de lhe dizer uma ultima vez como adorava vê-lo sorrir para mim, cantar para mim, adormecer em conchinha e acordar a meio da noite só para observá-lo. Como adorava as manhas as tardes as noites. Receber uma simples mensagem de bom dia ou um telefonema inesperado. Os beijos, os abraços, as palavras bonitas e sentidas. Aquele olhar puro e brilhante. Como me fazia sentir bonita e desejada.
É uma lista imensa não é?
Mas cada pormenor era importante e marcante, sabes?
Ele cuidou de mim, escutou aconselhou, ajudou, foi amigo e companheiro.
Fez de mim uma pessoa melhor. Fez-me acreditar no amor.
E isso nem tu nem nenhuma outra que apareça vão poder mudar.
Sinto a falta dele, saudades de tudo e uma enorme vontade de senti-lo de perto de novo.
E não não tenho medo de dizer-te isso, afinal de contas ainda nem se quer o conheces não é?
Mas nem vou falar-te mais nele, vou guardar o resto da imensidão do meu sentimento para mim.
E tu, espera até o conheceres.
Se ele não chegar tão cedo e conheceres outro homem, não tenhas medo.
Tenta viver sem pensar no passado ou no futuro.
Sê cautelosa claro, não te jogues logo de cabeça.
Mas acredita que ainda existem bons homens por aí
E o mais importante: Nunca guardes aquilo que sentes.
Diz-lhe, mesmo que não fiquem juntos.
Mas se gostas, se gostas realmente, luta até ao fim e faz tudo o que puderes para ficar com ele.
Se não conseguires falar, olha, faz como eu, escreve.
Se sentes mostra.
Deixa-o seguro e coloca-te segura...
Não corras o risco de o perderes como eu.
Porque o amor existe e é mais simples do que pensamos.

"Tu não sabes quem eu sou, mas eu sei quem tu és... e só preciso de um minuto da tua atenção.
Espero que saibas a sorte que tens. O quanto eu gostaria de estar na tua pele. Poder estar na mesma cama que ela todas as manhãs. Ajudá-la a acordar da má disposição matinal.
Espero que saibas que ela não te vai falar enquanto não lavar os dentes. Não é por mal... é por medo de perder o encanto aos teus olhos. Que a consideres um ser humano comum.
Espero que saibas que ela gosta de aproveitar cada raio de sol, e que o café a deixa mal disposta.
Que escolhe a roupa que vai vestir na noite anterior, só para poder ter mais cinco minutos de sono pela manhã. Que o despertador toca cinquenta vezes até que se levante, e que mesmo assim, consegue chegar a horas.
Quero também dizer-te que ela adora histórias do fantástico. Mas não de terror! Que é capaz de saber o nome de todas as personagens de um livro antigo, mas que não se vai esforçar para decorar o nomes de todos os teus amigos à primeira...
Porque ela... ela é que sabe de si.
Tu nunca serás uma sorte para ela. Sorte é poderes tê-la na tua vida.
Sabes? Ela não é romântica por natureza, mas uma demonstração espontânea da tua parte vai fazê-la fraquejar. Porque ela é segura e doce ao mesmo tempo.
Ela não sabe cozinhar, mas vai esforçar-se para fazer o teu prato preferido. E se não estiver bom, ela vai rir-se do falhanço, em vez de corar.
E quando ela ri... quando ela ri eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza, mas porque cada gargalhada é como uma nota musical que toca ao coração e me faz querer dançar.
Ela é tudo o que eu queria e nunca soube que tive.
Aprende que a arritmia que sentes com ela é normal!
E que a falta dela é um vazio igual à morte.
Espero que sejas tudo aquilo que eu nunca fui.
Espero que a trates bem. Porque se lhe partires o coração vais perdê-la para sempre.
Pudesse eu ter lido o futuro..."