Depois que passa nem parece que foi real. De concreto só as lembranças meio embaralhadas, que a cada dia se tornam mais confusas e apagadas. Tudo muito distante e improvável. Um grande abismo surgido e a pergunta que ecoa, “pra onde foi tudo isso aí, aqui dentro de mim?". As provas aparecem por todos os lados: os textos rabiscados, os recados deixados, as músicas mandadas madrugadas à dentro. Tudo foi vivido, mas nada me lembra na pele o que eu sentia. Mas é isso. O fim da linha no amor não é quando acaba, é quando você pensa que nunca existiu.
— Iolanda Valentim.
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