“Madrugada, 03:46. O tic-tac do relógio não parava. O tempo não para, pra ninguém. Da janela viam-se estrelas opacas, elas não estavam brilhando essa noite. A brisa fria batia em seu rosto pálido, seus lábios estavam trêmulos. Uma lágrima amarga descia em seu rosto. A insônia já dominara o seu corpo, sua mente estava fraca.. ela estava fraca. As forças se perderam ao longo do caminho duro que ela seguia, chegou a hora em que tudo se esvaiu e a fraqueza brotava em sua pele. Sentou-se em sua cama quente e encostou os pés no piso de madeira gelado, sentindo-o. Caminhou até o banheiro e ligou o registro da banheira. A água morna aumentava de volume a cada segundo.. suas mãos cansadas brincavam naquela substância confortante. Memórias começaram a vir e um sorriso apareceu em seu rosto sofrido. Para onde foi aquela felicidade? Ou melhor, alguma vez ela existiu? A vida é complicada, as coisas não dão certo e só os heróis sobrevivem nessa batalha. Pobre garota, estava cansada. Entrou na banheira sem ao menos ligar para a camisola amarelada, cuja ainda estava em seu corpo. “Talvez as coisas melhorem, agora”, pensou. Sem exitar, deslisou a cabeça para baixo da água e ali ficou, imóvel. O relógio marcava 04:00 quando ela deixou a vida, largou tudo e parou de lutar. Lá se foi mais um anjo do lugar onde todos deveriam ser felizes.”
LÁ SE FOI UM ANJO - ALEXIA
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