quarta-feira, 29 de maio de 2013

❝Ela era um quadro borrado
um abstracionismo ilegível
que ninguém, em mil anos,
ousaria dizer que entendeu.

Ainda sinto o toque suave
que as cores do quadro faziam
aos meus olhos quando os dois
se encontravam e se perdiam,
ali, por horas à fio.

Ela me levava à qualquer lugar;
estar com ela era estar em qualquer lugar.
Pois paraíso é estar bem em qualquer lugar,
e, em qualquer lugar, eu estava bem, com ela.

Você, agora, é quadro vendido:
até a próxima, boa sorte.
Estou aqui, com foto tua na mão
à te observar. Adeus, meu amor.

— Kévin de Morais | kevolta.tumblr.com

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