sexta-feira, 23 de novembro de 2012

"Morri muitas vezes entre o adeus e o reencontro. Morri na espera, no grito, no pranto, na ausência, no conto… Morri de amor e de raiva. E quando se morre, não há mais jeito. A alma perde o brilho, fica cinza e pra desabrochar de novo ainda não há receita.
O problema é que eu morri e você exala vida. Opostos apenas se distraem. Eu não sei lidar com suas cores, nem você como meu silêncio. Meu blues abafa seu samba e sua luz machuca meus olhos. Minha conta sempre impar, não bate com a sua sempre par. Sei que aí dentro chuvisca, mas aqui a tempestade me afoga; que em ti há apelos, mas aqui só há pedaços.
Perdoe ser tão quebrado, e errado, e perdido, e dramático, e tanto. O problema é que eu morri."

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