segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Eu já vivi essa coisa de se apaixonar várias vezes e em nenhuma delas alguma deu certo. Sempre fui precipitado ao extremo. Adolescentes tem muito disso, aquele imediatismo que nos desespera. Você deve saber do que estou falando. Como passar um sábado a noite em casa e ficar desesperado ao ponto de acreditar que a vida está passando lá fora e você está ficando pra trás. Aquela mania de querer tudo pra ontem. Quinze ou dezesseis anos e já pensando em se casar, em comprar uma casa com jardim e cerquinha branca em volta e ter um casal de gêmeos com roupinhas parecidas. Isso nunca dá certo. Nada que é precipitado demais dá certo. É como uma lei de Newton ou um princípio de Pascal. É algo imutável, que não altera a sua forma e nem o seus resultados. É algo que, quando menos esperamos, já passou. E, normalmente, isso acontece quando nos apaixonamos sem querer, por alguém que jamais imaginamos querer por perto e nunca sequer cogitamos a possibilidade de juntar os lábios. A pessoa certa irá aparecer, mas apenas no momento certo. O resto é apenas fogo no rabo.
(Henrique Dias)

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