terça-feira, 1 de julho de 2014

Porque, se você acha que o que eu escrevo é o vômito da minha alma, engano seu. Essa é a parte bonita, é a parte poética. Pudera eu te mostrar o implícito. Você pediria perdão. Você choraria, sufocaria, gritaria, agonizaria e, por fim, se arrependeria. Porque eu preciso de alguém, eu sempre precisei de alguém. Você alguém, tu alguém, usted alguém, you alguém, vosmecê alguém, vossa senhoria alguém. Eu sempre precisei de você. E, se tivesse a chance de tirar medidas do quanto precisei de “alguém”, você retribuiria até as poucas coisas que não fiz, porque pra fazê-las precisaria entrar na sua vida e atrapalhar mais uma vez. Se você soubesse o quanto eu só queria conversar, botar pra fora, te deixar a par das coisas que a vida joga em cima de mim como se minha coluna fosse de ferro.
— Gabriela Spier

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