sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Velho e enferrujado, estava o balanço da menina madura. Ele ficava cravado a terra desde os tempos de sua avó. Chuva, sol e ventania, fez do balanço ancião. A rapariga não era adolescente- aborrecente, já não lia os livros como se eles fossem seus fiéis aliados, eles já se tornara seu amante. Garota madura, que às vezes andava no velho balanço, insegurança tola, que por vezes lhe fazia regressar a ser criança. Ela ainda estava na evolução. Hora queria ser mulher, porém, se via menina, outrora queria ser menina, porém, se via mulher. Antes do nascer do sol, ia ao encontro do idoso. Ficava fazendo leves movimentos com os pés, para que o balanço não se rompesse. Encostava a cabeça nas correntes do velho amigo, em sua mente incerta; acanhada; equivocada, um pensamento comparecia. Queria, apenas, ser guardada como a menina dos olhos." - Terrorismo Poético
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