quarta-feira, 28 de março de 2012

“Recolheu seus cacos, jogou-os ao vento na esperança de que tudo se curasse e voltasse a normalidade com o tempo e seguiu em frente. Seguiu e não olhou mais para trás. Colocou um ponto final onde, a muito tempo, vem colocando reticências e virgulas mesmo sabendo que não deveria. Começou a cuidar de si, a se amar. E depois daquelas atitudes certas, as coisas estão mudando, aos poucos, mas estão. Na semana passada ela não conseguia sorrir, dormir, ou sequer comer sem que a tristeza estivesse presente. Agora não sente mais a tristeza, seu coração esta curado e seus pensamentos estão livres novamente. Acho que tudo aconteceu porque simplesmente ela cansou de sofrer. Cansou de se doar, de se deixar doer. De passar noites chorando e não ter resultado nenhum em cada lagrima desperdiçada em vão. Tudo, definitivamente, mudou. E parece ser estranho para ela se sentir feliz mesmo depois de tantos tombos e dores, depois de ter que aguentar mil-e-um problemas sozinha, sem a ajuda ou amparo de ninguém. Sempre viveu praticamente sozinha, e principalmente, amou sozinha. Sempre teve que aprender a lidar com a dor sozinha. Ela sempre teve uma tempestade dentro de si, que a torturava e a machucava cada dia mais. Mas pensando por um outro lado, não vale a pena para ela dizer que essa tempestade impetuosa foi em vão. Uma coisa ela aprendeu: por mais que as coisas a façam doer, uma hora vai passar. Tudo sempre passa. Deixe nas mãos do tempo, jogue tudo ao vento. Porque coração cheio também esvazia. Seja ele cheio de amor, ou dor.

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