segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"No meu imaginário é possível tocar o impalpável. A mente existe pra ser usada, pra alcançar aquilo que a realidade não consegue atingir. Se a rotina me prende, a imaginação me liberta. Não consigo viver apenas do óbvio. É a busca por algo novo que me movimenta. Que me transporta. Que me transforma. Que me inspira.

Tocar o improvável me faz menos previsível !"
Coração de flor, pétalas caídas por dentro de suas lágrimas,
que com o tempo nada se resta, tudo composição do vento.
Coração de flor, tão gelado, frio, condenado a dor.
Coração de flor, suas rosas que florem com a água de suas lágrimas.

Coração de flor, entre teus espinhos encontro o caos,
a dor, que me faz querer cuidar-te, me faço flor se quiseres.
E te acolho entre minhas pétalas, meu pólen cheira amor, se aprochega.
Coração de flor, apesar de sofrido, sei que és lindo e doce á fundo.

Tua dor me encanta, com versos tão sinceros, tão gelados e cobertos.
Coração de flor que és tão puro e inocente, mesmo repleto de dor, tu és o amor."

domingo, 29 de setembro de 2013

Passado, presente e futuro devem coexistir harmonicamente na mente humana. Quando um deles é priorizado e os demais são totalmente esquecidos, surge alguma espécie de desequilíbrio, ou, no mínimo, a hipótese de que algo não está correto, não está bem. Viva cada dia de uma vez. Não deixe de viver bem o hoje, em prol de um futuro que pode nem chegar. Se está infeliz no presente, busque motivos para se contentar com o que tem nele. Não viva sonhando com o que terá num tempo incerto que ainda nem chegou e, quiçá, nem chegará.
Machado de Assis
Antigamente as pessoas queriam criar-se uma reputação: isso já não basta, a feira tornou-se demasiado vasta; agora é necessário vender aos berros. A consequência é que mesmo as melhores gargantas forçam a voz e as melhores mercadorias não são oferecidas por orgãos enrouquecidos; já não há gênio  nos nossos dias, sem clamor e sem rouquidão. Época vil para o pensador: devemos aprender a encontrar entre duas barulheiras o silêncio de que se tem necessidade e a fingir de surdo até chegar a sê-lo. Enquanto não se tiver chegado a isso, corre-se o risco de perecer de impaciência e de dores de cabeça.

-Friedrich Nietzsche
"Meu caro, toda frieza
tem um certo motivo
olha bem pra ela
é estúpida
grossa
ruim
olha bem
é uma tempestade
Mas saiba, tem um coração
esperando à ser acalmado"
- Olha para a tempestade e me diga o que vê.  
"Toda vez que me deparo com a cena de um avião levantando voo eu desejo ir com ele sem destino. Tudo isso para “ver no que vai dar”. Tive passagens em mãos para aviões que caíram sem decolar, mas essa metáfora você não vai entender. A diferença é que agora o meu aeroporto já funciona melhor. Eu escorrego, a pista molha às vezes, mas tudo está em pé. Sobre as milhas que nos esfolam, eu não quero pensar."
— Camila Costa.
kissmeok:

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sábado, 28 de setembro de 2013

Quero o homem que não existe.

A pior coisa que pode acontecer a uma mulher é conviver com muitos homens. Saber como funcionam, como pensam, do que realmente gostam. Quanto mais contato com o sexo oposto, menos romântica e delicada fica uma moça. Para suportar dez anos trabalhando em agências de publicidade, com marmanjos tão arrogantes quanto inseguros fazendo piadinhas sexuais o dia todo, eu virei um macho. Apesar de calçar sapatos 32 e chorar quando bebês rosados sorriem pra mim, sou capaz de fazer piadas mais sujas que borracheiro. De aguentar uma carga horária de trabalho digna de peão. Tudo para ter o mesmo dinheiro, respeito e liberdade que vocês, donos do mundo. Mas a natureza é injusta com as mulheres. Nós acordamos no meio da noite, morrendo de cólica, e não temos a quem pedir um copo d’água. Porque vocês foram pegar um para garotas de voz doce, que tiveram poucos parceiros sexuais (mentirosas!), estão perdidas profissionalmente e sorriem e passam perfume enquanto vocês enfrentam a dura vida fora da caverna.

Tenho muitos amigos homens. Que me contam como enganam e traem suas mulheres, suas namoradas, suas peguetes da semana. Que me dizem como transam com várias mulheres da mesma empresa. Que narram, tranquilos, como perseguem enlouquecidos uma moça até finalmente enjoarem dela, depois de uma semana de sexo selvagem. Adoro meus amigos, mas jamais perderia o tempo namorando com eles. Adoro vocês, homens, sempre tão espertos, inteligentes, cínicos, piadistas, descolados, sexuais e livres. Adoro tanto que me tornei uma cópia quase idêntica, não fosse pelo meu útero carente e pelo meu decote que ainda grita, pedindo que eu seja um pouco feminina. Um pouco! Ou você vai acabar sem água na madrugada!

Minhas amigas não se conformam com minha “coragem em sempre chegar sozinha nas festas”. E eu não me conformo com tudo o que elas aturam só para entrar de braço dado com algum idiota. Claro que o amor existe. Mas a cada trinta casais, vejo uma relação legal em, no máximo, um ou dois casos. A grande maioria sai abraçada em foto só para não passar atestado de fracasso social. E então me lembro de meus amigos, todos eles, falando: “não nascemos pra isso, não somos fiéis nem encontramos a mulher de nossas vidas, apenas ficamos velhos e com preguiça…”. Enquanto isso, as mulheres só sabem falar sobre fisgar um homem, dormir com ele, morar junto, engravidar. Mulheres os tratam como uma bolsa de marca. Acho que a maioria das relações se dá entre uma mulher querendo se mostrar com uma bolsa vistosa e um homem querendo ser carregado dentro dessa bolsa, afinal, “estão cansados para seguir com as próprias pernas”. Eu não acredito em casamento. Não acredito em aturar alguém dentro de casa só para não me acharem um desastre humano. Não acredito em nenhum homem porque, infelizmente, tenho muitos amigos e, pra piorar, nasci espertinha. Todos os meus namorados reclamam: “é horrível, você sempre me olha sabendo a verdade”. Eu sei a verdade: o ser humano falhou. Os homens falharam. Nada disso é para dar certo. Então o quê? Vou me conformar em continuar sozinha de madrugada, sem ninguém para me trazer água? Não, nada disso: vou continuar esperando o homem que não existe! Até a coisa apertar e eu topar ser enganada por algum idiota. Afinal, não são só vocês que ficam com preguiça. Estar certo, além de insuportavelmente solitário, é mortalmente cansativo."

Tati Bernardi
Mercadora de Desejos | via Tumblr
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Manhãs frias.
Tardes tediosas.
Noites nostálgicas.
Dias vazios.

Orquestrando.
"Perguntar é a melhor coisa que já inventaram no universo. Crianças sabem disso mas a gente esquece. Esquece pra continuar inventando milhares de motivos pra continuar inventando. E fica escrava desse mundo melhor com mil complexidades que umidificam falsamente a secura da vida. Mas agora eu pergunto como se cada dor fosse uma mosca de banana. Foi assim que perguntei o que aconteceu e usei a palavra "exatamente" seguida da palavra "por favor" . E ele disse, meio poético, meio envergonhado, meio repetindo a mesma frase sem som só pra parecer que tem ritmo, que nem imagina o que é gostar e nem entende como se gosta. Nos primeiros dias ele apenas se excita com a reverberação de sua própria voz mas depois tem que lidar com a embalagem vazia do shampoo e ele cheirando demais à alivio de limpeza. E isso dói de ouvir por dois segundos mas é tão pequeno e estúpido e humaninho que encerra o amor como papel burocrático de óbito. O homem que não sabe amar pode ser fácil de ser amado mas é ainda mais fácil de deixar de ser."

-Tati Bernardi.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Previa que minha vida se desenrolaria num interminável trecho de nada, por isso passei a maior parte de minha infância em Tinos debatendo-me, sentindo-me um substituto de mim mesmo, um procurador, como se minha vida real estivesse em outro lugar, esperando para me unir, algum dia, com esse eu menor e mais oco. Eu me sentia um náufrago. Um exilado em minha própria terra.
O Silêncio Das Montanhas
“ meu caderno de exatas tá repleto de textos humanos. o x e o y se confundem entre o g e o m. algumas letras de músicas e tentativas falhas de desenhos rabiscados. nada muito expressivo, mas nada muito correto. eu detesto matemática. a raiz quadrada do caralho a 8/2 = minha vontade de ir pra casa dormir. os números absolutos são sufocados pelos meus versos relativos. e meus sonhos abstratos sambando na cara desse resultado concreto.
fiz uma conta enorme e deu 0.
detesto matemática,
parece a minha vida."

-harilou
“Olhe para todas aquelas ruas sem saída, aquelas ruas que dão a volta em si mesmas, todas aquelas casas construídas para virem abaixo. Todas aquelas pessoas de papel vivendo suas vidas em casas de papel, queimando o futuro para se manterem aquecidas. Todas as crianças de papel bebendo a cerveja que algum vagabundo comprou para elas na loja de papel da esquina. Todos idiotizados com a obsessão por possuir coisas. Todas as coisas finas e frágeis como papel. E todas as pessoas também.”

-Cidade de Papel. JOHN GREEN.
"Estou perdida em mim mesma. Não sei mais amar ninguém, nem tenho tido tempo ou paciência pra isso. Perdi todas as palavras doces no meio do caminho, junto com lembranças e com o que eu era antes. Em que caminho eu me perdi?
O mais horrendo de tudo talvez seja o que me tornei, talvez tenha gostado do resultado da bagunça que agora não sou mais. Tenho me surpreendido o quanto tenho sido fria e contente com isso. Não sei se era o que era há tempos atrás ou se sempre fui o que sou hoje, e ainda não havia descoberto. Achava que poderia ficar sofrendo por qualquer alma que demonstrasse um mínimo de afeto, para não ficar sozinha  porque o amor era a melhor opção pra fugir disso. Hoje acho que a melhor opção pra fugir de qualquer coisa é ser sozinha, é cuidar de si própria, principalmente. Solidão traz uma bagagem vazia que deixa tudo mais leve, tudo mais 'descartável' e te faz absorver a ideia de que você não necessita de mais nada e nem de ninguém, você se torna livre dos outros. Nada mais importa, e isso inclui o amor. E é aí que é aquela pedrinha no sapato que sempre incomoda: como alguém vive sem amor ? Caí na real quando me peguei pensando nisso, mas o fato é que eu sempre vivi sem o amor, tudo era apenas fantasia para fugir da realidade solitária. A verdade é que sempre estivemos sem ele, amamos os outros só pelo que conhecemos deles e muitas vezes, não pelo que eles são na verdade. Não sei, não sei...
Não sei como pensar, não sei como sentir, não sei como me permitir... Não sei nem mesmo quem eu tenho sido e se me tornei o tipo de pessoa em que eu sempre falava que não me tornaria. Na verdade, talvez eu tenha até desaprendido a escrever e colocar tudo que queria em meras palavras, até isso eu perdi... Que tipo de atos uma pessoa comete quando não se tem mais nada a perder ? Que tipo de gente fria teria um buraco no peito no lugar de um coração ? Que tipo de gente perde o encanto pelos outros?
Um minuto de silêncio de luto por uma alma perdida. Se alguém me achar por aí, favor devolver..."

Talissa Santos