-Fernanda Rocca
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
“Eu sempre te procurei em todos os caras que passaram pela minha vida depois de você. E em nenhum deles eu te encontrei. Alguns chegaram perto, outros passaram longe. E tiveram outros que por muito pouco não conseguiram me convencer de serem melhores que você. Mas nenhum deles, conseguiu. Nenhum deles, chegou onde você chegou. Nenhum deles me entendeu tão bem. Alguns até fingiram, mas não demorava muito e eles desistiam de tentar me compreender. Eu não sou mesmo nada fácil… Você sabe. Nenhum deles conheceu cada detalhe meu. Nem se esforçou para isso. Nenhum deles pensava duas vezes antes de falar grosso ou um pouco mais alto quando fosse brigar comigo, com a intenção de não me fazer sofrer. Na verdade, nenhum deles conheceu esse meu lado de menina sensível. Porque, só com você, eu me sentia vulnerável o bastante para não ter vergonha de me mostrar tão dependente. Nenhum deles me conheceu de forma que conseguisse perceber no tom da minha voz se eu estava bem ou não. E, mais que isso: saber sem que eu precisasse falar o motivo. Nenhum deles conseguia acalmar o meu coração com uma só palavra ou sem nenhuma delas. Porque, só de ouvir a tua respiração do outro lado da linha, eu me sentia leve porque só você me confortava. E em paz. Nenhum deles conseguia me fazer esperar os atrasos nos encontros e, ainda assim, conseguir me roubar um sorriso do tamanho do mundo quando chegasse. Nenhum deles me abraçou com tanto cuidado, como se tivesse medo que eu desmanchasse em seus braços. Nenhum deles me fez sentir arrependida de ter sido um pouco mais cabeça dura que o normal, ou de qualquer coisa que eu fiz. E nenhum deles, nenhuma vez, teve a chance de ouvir o meu choro na madrugada ou a minha voz quase falha, demonstrando saudade. Por mais que eu sentisse, por mais que eu quisesse demonstrar. Só você teve a minha saudade mais bonita. E continua tendo… Nenhum deles teve o meu amor tão puro, como você. Alguns conseguiram me enganar, me fazer acreditar que era amor. Mas, não. Nunca foi. E nem sei se um dia será.”
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