~ Lubya H., uma outra análise à essas tempestades poéticas que só nos desmoronam.
domingo, 28 de outubro de 2012
“Você está seca. Igual àquela areia presa no deserto. Contornando todo aquele calor em si própria e ainda com medo de se sufocar. Está olhando para os próprios pés enquanto quebra a cabeça nos arranha-céus. E se limita. E se descreve. E chora os rios perenes que não cansam de correr. Você precisa de uma tempestade. Aquela que te lave e te mostre um jeito de te levar pro céu e te fazer voar. Precisa de uma tempestade pra te mostrar que, apesar da destruição, a intenção de te fazer lavar o rosto e dançar na chuva é mais forte do que o peso da lama nos teus calcanhares. Tem a intenção de alagar teus rios e te afogar em felicidade. A mesma tempestade que te arruína, te sustenta.”
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