quarta-feira, 3 de outubro de 2012


— E como ela era?
— Linda, claro!! Eu olhava pra ela e não conseguia tirar os olhos a ponto de deixá-la sem graça. Até o jeito que ela comia batata frita me deixava bobo. Ela pegava a batata e afogava no ketchup de certa forma que não se via uma pontinha amarela. E comia aquilo na maior naturalidade.
— Um ponto negativo, você não gosta de ketchup.
— Ham? Eu adoro ketchup, quer dizer… Eu amo ketchup.
— Vish…
— Calma ainda não acabei de falar dela ainda. — Interrompi. — Ela usava umas roupas diferentes meio estilo anos 80 e largas, cabelos castanhos com pontas claras. Toda hora a franja dela caia sobre o rosto e se misturava com o sorriso. Ela mexia as mãos e balançava a cabeça de um lado para o outro, enquanto contava às estratégias que usava para entrar nas baladas sem pagar e de como se emocionava com os finais de filmes, independente se o filme era de ação ou romance ela chorava. Cara ela já fez aula de surfe, ama ler e é campeã de virar tequila entre as amigas. Contava que quer ser igual a vó quando envelhecer, viajar o mundo só pra prender a atenção dos netos por horas. Ela me fazia ri de coisas simples, e minha vontade é que o tempo parasse ali. Quando fui leva - lá pra casa ela me fez para do nada em um posto de gasolina só pra comprar um halls, porque não queria chegar com o hálito de cerveja em casa. Coloca o som do carro no maximo e me fazia cantar junto com ela musica do Latino. Assim que parei o carro em frente o prédio dela, antes que eu falasse uma palavra ela me calou com um beijo e…
— E você se apaixonou.
— Sim, estou completamente apaixonado.
— Também com um beijo de uma gata dessas até eu.
— Nem foi pelo beijo, mas sim pelo o que ela disse quando perguntei se a gente podia sair outra vez.
— E o que ela disse?
— Que não queria um relacionamento serio.
— Agora entendi e você se fudeu.
— Com certeza! Mas eu estou decidido a ter ela pra mim, nem que eu mude meu nome pra Jose Cuervo."
Ela Curte uma Tequila. Engelberg

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