sábado, 7 de junho de 2014

Roseira

Desembarace meu peito
Me sustente com o teu olhar
Quero morar no teu sorriso
E desfrutar da tua pele rosada
Como desfrutam os deuses
De um sacro manjar.
Serás meu alimento
Por toda a eternidade
Esquecerei as blasfêmias
E segurarei tua mão
Como quem segura a própria vida
Por medo de escapar
Esqueça as angústias/a ansiedade/o medo/a distância
E qualquer coisa mais sem relevância
Frente ao que tenho pra dar
Meu sol brotando em teu corpo
E o tempo mudando teu nome
Bem devagarinho
Pra não apressar
Você morrendo flor
E renascendo roseira
Firme e radiante
Não demores nem mais um instante
Para me aceitar
Sob teus galhos empoleirados de rosas
E teu cheiro doce
Emanado de um pescoço nu
Que então te regarei todos os dias
Com o amor que hoje jaz aqui guardado
Num pacote velho e empoeirado
Mas em perfeito estado
Pronto para ser usado
Quando você precisar.

(Matheus Pinheiro, http://eupareidefumar.blogspot.com.br/ )

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