você tá sempre aí.
sentindo todas as coisas do mundo. as que ninguém quer e as que você merece sentir.
você tá sempre aí.
sentindo tudo.
todos, o mundo.
tantas e tantas coisas pessoas pacotes e furos.
mas continua sozinho,
sem ter com quem dividir o caminho.
no mesmo trajeto
nada secreto
por onde ninguém quer passar.
você tá sempre só porque essa sua dor é difícil demais de carregar.
ninguém quer dividir, ninguém quer engolir
seus dramas mexicanos na tv
vale a pena ver? rever? inventar?
você tá sempre aí
porque ninguém te diz pra onde ir
e você sofre demais pra sair do lugar
paris, 1992
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