terça-feira, 30 de abril de 2013
“E como você acha que me sinto, Paige? Você acha que é fácil estar contigo? Não é. Eu não te entendo, mesmo quando acho que te entendo, não entendo porra nenhuma. Você é instável. Agora tá feliz, depois tá triste e daqui a dois minutos tá feliz de novo. Diz que me quer contigo, mas me afasta. Pede carinho e depois me trata com uma ignorância sem fim. Pede que eu apenas te ouça e depois joga na minha cara que eu não disse nada, que não movi um dedo para mudar. E tem aquelas vezes em que você me manda embora e depois me liga chorando, pedindo que eu volte e fique. Sabe, eu tento te acompanhar, mas é difícil manter nossas mãos unidas enquanto eu caminho e você sai correndo.”
~ Josh and Paige.
~ Josh and Paige.
Vai chegar um dia em que todos vamos estar mortos. Todos nós. Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo. Não vai sobrar ninguém para se lembrar de Aristóteles ou de Cleópatra, quanto mais de você. Tudo o que fizemos, construímos, escrevemos, pensamos e descobrimos vai ser esquecido e tudo isso aqui vai ter sido inútil. Pode ser que esse dia chegue logo e pode ser que demore milhões de anos, mas, mesmo que o mundo sobreviva a uma explosão do Sol, não vamos viver para sempre. Houve um tempo antes do surgimento da consciência nos organismos vivos, e vai haver outro depois. E se a inevitabilidade do esquecimento humano preocupa você, sugiro que deixe esse assunto para lá. Deus sabe que é isso o que todo mundo faz.”
~ A Culpa é das Estrelas.
~ A Culpa é das Estrelas.
segunda-feira, 29 de abril de 2013
“Como era difícil respirar quando eu estava ao seu lado. Seus olhos tiravam meu ar e o jeito que você arrumava o cabelo de lado era desconcertante. Até hoje não entendo como me deixei levar por seu encanto tão rápido. Tão inocente. Tão eu. E se passaram dias, tardes, noites pensando em você. Pensando em nós. Escolhendo nomes para nossos filhos e pesquisando vestidos de noiva na internet […] O meu problema era você. Era te amar demais, era te querer demais. Sempre mais. Você não fazia ideia que por trás do meu sorriso indiferente havia uma garota apaixonada. Fazia? Você não sabia que todas as vezes em que me despedia de você entrava em casa e dançava sozinha. Você não tem ideia de quantas músicas escutei e pensei que eram nossas músicas. Não, você não tem. Você também não sabia que eu colocava aquele vestidinho rosa só porque eu sabia que era seu preferido. Você não sabia que eu odiava bala mas que sempre aceitava as suas para poder guardar os papéis na minha agenda. Você não sabia que eu tinha uma agenda cheia de desenho de nós dois? Não, não sabia… Se pudesse escolher, nunca teria me apaixonado. As borboletas consomem meu estômago e eu não sei mais o que fazer para que elas parem de nascer. Já tentei me distrair, ler um livro ou até mesmo assistir um filme sem final feliz. Mas em todos eles completo com cenas de nós dois. Com palavras que você me disse. Vejo casais que brigam sem motivos e imagino o dia que também iremos ficar assim. Nós vamos ficar assim, meu amor? Eu não quero. Tenho medo. Tenho medo de voar alto e sofrer uma queda dolorosa. Tenho medo de abrir meu coração e deixar que alguém faça uma bagunça. Você não vai, vai?”
Isabela Freitas
Isabela Freitas
Rodoviária
a rodoviária tem aquele quê
mágico gosto amargo
de partida e chegada
de espera e encontro
ou desencontro
desesperança
desespero
triste despedida
a rodoviária tem aquele quê
de querer
saudade
adiossophia
mágico gosto amargo
de partida e chegada
de espera e encontro
ou desencontro
desesperança
desespero
triste despedida
a rodoviária tem aquele quê
de querer
saudade
sábado, 27 de abril de 2013
Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece.
-Clarice Lispector
-Clarice Lispector
sexta-feira, 26 de abril de 2013
"Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com freqüência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível. E algumas coisas nunca mudam."
Gossip Girl
Gossip Girl
O único lugar pra sempre
..."Ainda que sentir de verdade pareça uma outra vida, às vezes cansa viver dentro das coisas que invento. Com você, mesmo eu inventando tudo também, dá pra ter essa sensação de desordem, atropelamento, vida dizendo e não minha cabeça falastrona. Mesmo sendo ofensivo pra minha existência que pessoas como você existam. Mesmo que sua tristeza e preguiça e desistência mostrem pra minha frescura de sentidos como tudo pode ser amargo e pior: mostre que tudo sempre foi e eu é que, vai ver, sou forte ou abençoada demais pra não sucumbir.
Mesmo que sua alegria nunca seja por mim. E que sua alegria torne, quando por mim, minha vida intolerável. Sua existência é um absurdo e isso é a maior verdade que me vem à mente quando penso em você ou estou ao seu lado... Eu estava sempre histérica e hoje eu estava muito quieta, até demais. Talvez seja porque eu não tenho mais a euforia louca de ser amada... Eu pude habitar o papel de amiga caminhando ao lado, uma forma de ouvir por perto sua respiração pigarrenta que amo como se fosse o único sopro saudável do mundo. Eu permaneci e isso foi diferente, triste, insuportável, mas possível. Como os mortos que ficam em qualquer lugar, até mesmo embaixo da terra. Morto não deseja e por isso mesmo permanece.Acho que seu desejo morreu e talvez o meu também, já que boa parte desse amor enorme que eu sentia e sinto por você, vinha e venha da minha alegria desmesurada em me sentir amada pelos meus próprios sonhos. Você encerrava em mim eu mesma e era uma loucura tudo, como eu sentia, como eu queria me vomitar e ensanguentar e explodir e rodopiar em mim até furar o chão como uma broca desgovernada e depois sair derrubando o mundo como o único pião que sabe a verdade e precisa chacoalhar seu entorno pra não enlouquecer sozinho. Era uma loucura tudo. Mas a morte, o fim, nós, andando calmos, ao lado um do outro, isso me permitiu estar de alguma forma sem querer habitar cada instante do estar e para isso me retirando o tempo todo. E isso pode ser viver mas viver é terrível. E antes, quando eu não sabia viver e me sentia amada, era ainda mais terrível. Daí que sobra essa sensação de uma solidão filha da puta mil vezes pois em nada dá pra ser com você. E tudo bem, não é você, nunca foi, mas escuta a maluquice: é que nada disso impede que eu sinta um amor absurdo por você.
Me peguei uma hora, olhando você, andar, tão feinho, seu ombro encolheu um pouco, cada dia que passa mais e mais é uma concha o que você se torna. Dessas que é mentira a pérola e o som do mar, mas eu os vejo, o tempo todo. Você andando desse seu jeito meio de louco, que chacoalha a cabeça. E se veste mal quando pouco se importa, eu sei, eu entendi. E a manga suja de café. A roupa bege da cor de tudo que é você. Você é tão errado e cheio de estragos. E me peguei olhando pra tudo isso e amando tanto, tanto, tanto. Como se nada mais no mundo fosse tão bonito ou correto ou mesmo perfeito porque perfeito é o que não tem mesmo cabimento. O resto nem existe porque vemos ou explicamos...
Mas agora, hoje, guarda isso, eu amo demais você. Por que escrevo? Porque é a minha vingança contra todas as palavras e sensações que morrem todos os dias mostrando pra gente que nada vale de nada. Toma esse texto, o único lugar seguro e eterno pra gente."
Mesmo que sua alegria nunca seja por mim. E que sua alegria torne, quando por mim, minha vida intolerável. Sua existência é um absurdo e isso é a maior verdade que me vem à mente quando penso em você ou estou ao seu lado... Eu estava sempre histérica e hoje eu estava muito quieta, até demais. Talvez seja porque eu não tenho mais a euforia louca de ser amada... Eu pude habitar o papel de amiga caminhando ao lado, uma forma de ouvir por perto sua respiração pigarrenta que amo como se fosse o único sopro saudável do mundo. Eu permaneci e isso foi diferente, triste, insuportável, mas possível. Como os mortos que ficam em qualquer lugar, até mesmo embaixo da terra. Morto não deseja e por isso mesmo permanece.Acho que seu desejo morreu e talvez o meu também, já que boa parte desse amor enorme que eu sentia e sinto por você, vinha e venha da minha alegria desmesurada em me sentir amada pelos meus próprios sonhos. Você encerrava em mim eu mesma e era uma loucura tudo, como eu sentia, como eu queria me vomitar e ensanguentar e explodir e rodopiar em mim até furar o chão como uma broca desgovernada e depois sair derrubando o mundo como o único pião que sabe a verdade e precisa chacoalhar seu entorno pra não enlouquecer sozinho. Era uma loucura tudo. Mas a morte, o fim, nós, andando calmos, ao lado um do outro, isso me permitiu estar de alguma forma sem querer habitar cada instante do estar e para isso me retirando o tempo todo. E isso pode ser viver mas viver é terrível. E antes, quando eu não sabia viver e me sentia amada, era ainda mais terrível. Daí que sobra essa sensação de uma solidão filha da puta mil vezes pois em nada dá pra ser com você. E tudo bem, não é você, nunca foi, mas escuta a maluquice: é que nada disso impede que eu sinta um amor absurdo por você.
Me peguei uma hora, olhando você, andar, tão feinho, seu ombro encolheu um pouco, cada dia que passa mais e mais é uma concha o que você se torna. Dessas que é mentira a pérola e o som do mar, mas eu os vejo, o tempo todo. Você andando desse seu jeito meio de louco, que chacoalha a cabeça. E se veste mal quando pouco se importa, eu sei, eu entendi. E a manga suja de café. A roupa bege da cor de tudo que é você. Você é tão errado e cheio de estragos. E me peguei olhando pra tudo isso e amando tanto, tanto, tanto. Como se nada mais no mundo fosse tão bonito ou correto ou mesmo perfeito porque perfeito é o que não tem mesmo cabimento. O resto nem existe porque vemos ou explicamos...
Mas agora, hoje, guarda isso, eu amo demais você. Por que escrevo? Porque é a minha vingança contra todas as palavras e sensações que morrem todos os dias mostrando pra gente que nada vale de nada. Toma esse texto, o único lugar seguro e eterno pra gente."
Tati Bernardi
quinta-feira, 25 de abril de 2013
quarta-feira, 24 de abril de 2013
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