domingo, 17 de março de 2013

"Eu pirava no seu sorriso e no jeito que me chamava de “minha garota”. Eu gostava da sua voz, você tinha um sotaque fofo. Gostava quando me ligava no meio da madrugada só pra dizer coisas fofas. Eu até gostava das suas manhãs e do seu jeitinho de menino. Eu ficava louca quando você tentava me seduzir. Você tinha tanta coisa que me encantava. Você não era aquele tipo de guri perfeito, porque cara, você tinha inúmeros defeitos. Nunca vi guri mais preguiçoso, teimoso e mimado que tu. E isso meio que me irritava sabe. E eu ficava feito uma chata falando o que você devia ou não fazer. O fato de você ser um pouco mais novo meio que me incomodava. Sei lá, parecia que eu tinha que cuidar de você ao invés de receber cuidados. É meio tosco, eu sei. Porque mesmo sendo mais velha sempre fui muito menina. Sempre fui fraca e sensível. E você sempre esteve lá, e cara, era bom contar com você. Era bom poder te contar sobre o meu dia e sobre a minha vida cheia de problemas, e melhor ainda é que você sempre tinha as palavras certas. E quando eu ficava doente e você me cuidava? Sabe nesses dias, eu sempre pedia pra sarar logo pra poder falar direito com você. Mesmo precisando de cuidados, eu me preocupava o tempo todo em cuidar de você. Eu era louca nisso que a gente tinha, essa cumplicidade. A gente se decifrava tão fácil. Mas a gente também tinha umas complicações. Eu entendia o seu silêncio, mas você se irritava com o meu. Eu conhecia os seus 5 sorrisos. Você tinha um de nervoso, um de vergonha, um sorriso de felicidade, um safado e um que era o meu, meu sorriso, aquele que você dava quando a gente estava bem. Eu também conseguia decifrar os seus tons de voz, eles diziam mais sobre você do qualquer outra coisa. Eu passei a te conhecer mais do que a mim mesma. E eu não via problema em me desconhecer, em acabar me perdendo, porque eu me encontrava em você. Eu me decifrava quando estava contigo. Eu gostava de todas as suas manias bobas. Gostava de te escutar e dar conselhos. Era bom passar as minhas noites falando contigo, e eu nunca me importava com o sono que sentiria no dia seguinte. Era louco isso que a gente tinha. Isso que eu sentia por você. Era uma mistura louca de sentimentos que me fazia um bem danado. Foi uma coisa única o que senti por você."
Pâmela F

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