quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
"Perguntaram pra mim: “Por que eu não tenho namorado? Algo em mim repele os homens? Sou uma mulher embargada? Há uma placa de ‘proibido estacionar’ em minhas costas? Me diga!”. Olha, eu não sei por que não tem namorado. Honestamente. Poxa, come batata frita, torta de limão, churrasco e trufa de leite condensado. Ok, a alcunha de magricela, cabo de vassoura ou Olívia Palito nunca lhe serviram, talvez. Urros sobre sua suposta suculência não têm advindo de prédios em construção, quiçá. Quem sabe não fica bem de “tomara-que-caia”, tropica no salto agulha, não combina numa minissaia. Mas desbanca a miss Venezuela num vestido primaveril, pisando numa rasteirinha prateada, com o cabelo preso naquele lápis cor-de-rosa, soprando a franja pra cima no calor. Não vai me acreditar, mas tu é bonita. Tu passa longe de uma Fernanda Young, uma Lya Luft, uma Sandra Werneck. Mas tu é inteligente à sua maneira. Assiste novela, mas não comenta a vida dos personagens. Gosta da Clarice, da Cecília, da Martha. Curte o Tom, a Adriana, o Nando, a Zizi, o Cazuza. Trabalha, suspira, trabalha, checa as unhas, trabalha, sonha, trabalha, belisca uma água-e-sal, trabalha e um colega te olha. E te acha bonita idem. E também se intriga com tua solteirice. Tem princípios iguais os da mãe. Mas se acha careta, às vezes. Não cede, mesmo só. Adora sexo, embora não faça com a mesma frequência do desejo. Se faz não vibra na mesma frequência que o parceiro. Sente raiva por ser secretamente boba, romântica e demodê. Se derrete mais rápido que o sorvete napolitano na xícara de sopão quando a mocinha diz “você me fez acordar com um sorrisão no meu rosto”. Chora na frente de ninguém, ai de ti se mais alguém souber. E você não vê a hora de um príncipe encantado por ti libertar esse riso largo atrofiado, mas sabidamente bonito. Tem suas esquisitices. Dorme de edredom e ventilador. Coleciona esmaltes. Cerra as pernas quando sentada e fica coçando o joelho com uma das mãos enquanto a outra segura a cabeça pelo queixo. Ensaia dança do ventre pro espelho do banheiro. Faz duas vezes antes de pensar e tem uns “nhe-nhe-nhê” de mulherzinha. Mas qual não tem? É até bem charmoso. Nada tão relevante quanto sua forma meiga e carinhosa de perguntar “tu tá bem?”. Nada mais importante que teu ímpeto de cuidar dos outros. Nada que mude minha convicção de que tu é bonita. O que te falta? Falta tu mesma se convencer do que te falo com certeza. Tu merece alguém que abra os olhos diariamente e pense: “cara, eu tô com ela, eu sou o namorado dela!”. Que goste da tua boca, do teu ombro, do teu cabelo bagunçado, do teu calcanhar, da tua cintura, das tuas mãos, do cheiro da tua pele, das sardas do teu rosto. E isso vai acontecer naturalmente ao você se dar conta de que tu é bonita, no âmago e na lata. Eu acho, teu ginecologista também, o colega de trabalho assina embaixo. Um dia serás o amor da vida de alguém, do jeitinho que tu é. Falta tu. Acorde hoje e repita: “eu sou bonita”."
- Gabito Nunes
domingo, 28 de outubro de 2012
“Você está seca. Igual àquela areia presa no deserto. Contornando todo aquele calor em si própria e ainda com medo de se sufocar. Está olhando para os próprios pés enquanto quebra a cabeça nos arranha-céus. E se limita. E se descreve. E chora os rios perenes que não cansam de correr. Você precisa de uma tempestade. Aquela que te lave e te mostre um jeito de te levar pro céu e te fazer voar. Precisa de uma tempestade pra te mostrar que, apesar da destruição, a intenção de te fazer lavar o rosto e dançar na chuva é mais forte do que o peso da lama nos teus calcanhares. Tem a intenção de alagar teus rios e te afogar em felicidade. A mesma tempestade que te arruína, te sustenta.”
~ Lubya H., uma outra análise à essas tempestades poéticas que só nos desmoronam.
“Dai decidi que agora não. Ah, agora não. Tudo de novo? Não. Então peguei meu celular, assim, meio ocupada, óculos e tal e mordendo o lábio inferior um pouco ressecado e, sem dó, deletei seu número de celular. Deletei as mensagens de texto também. E deletei seu nome e as fotos e a música e tudo.”
TATI BERNARDI
TATI BERNARDI
sábado, 27 de outubro de 2012
“A vida é um lixo. Não existe justiça, não existe lealdade, amor. Amor? Balela. Invenção de livro, de filme, novela. Sabe pra que? Pra fazer dinheiro. O ser humano é uma coisa que deu errado. Que droga de vida é essa? Pra quê que a gente vive? Pra esperar a hora de morrer? O que é que vale a vida? Nada, nada. Ei, lixeiro, me recolhe aqui. Eu sou igual a isso aí que vocês tão recolhendo. Um bando de porcaria estragada. Tô assim bem vestida mas vim do lixo. E fui jogada no lixo de novo.”
Carminha
Carminha
"Quem é feliz não conta, não espalha, não grita aos quatro cantos. Quem é feliz, satisfaze-se por ser. E sabe que felicidade anda coladinha na inveja. Quem é feliz não precisa provar nada, simplesmente é. As pessoas felizes demais nunca me passaram confiança. Essa coisa de que a vida é uma festa e não existe nada errado, não me brilha aos olhos. Feliz é quem conhece o lado ruim e o respeita. Feliz é quem já foi infeliz. Somente quem já foi infeliz pode entender que a tristeza traz um punhado muito bom de aprendizados. Felicidade não é sobre quem grita mais alto; É sobre quem sorri mais fundo."
-Clarissa Corrêa.
"Aprendi a não contar muito com os outros, fazer tudo sozinha dá mais certo. Tem também aquela dica de não ter medo de mudanças, a de encarar o erro como um caminho para encontrar soluções novas, aquela de ter a cara-de-pau de se testar coisas novas e a humildade para abandoná-los caso não dêem certo."
- Caio F.
"Minha mãe morreu hoje, e não me deu tempo de despedir. Não deu tempo de dizer que a amo com toda a força do mundo, e que nunca vou amar alguém tanto quanto amei. Não deu tempo de pedir desculpas pelas burradas que fiz na vida, nem pelas vezes que a disse que ela era um saco. Não deu tempo de pegar na sua mão, e olhar nos olhos. Não me deu tempo de conhece-la realmente. E eu nunca a perguntei qual era seu maior medo, quais era seus sonhos, se ela realmente estava feliz. Não deu tempo de arrumar seus cabelos brancos enquanto os Rolling Stones tocava na rádio. Não deu tempo de deita-la no meu colo. Não deu tempo de aproveita-la. Hoje, enquanto me abraçavam, as pessoas diziam que sentiam muito. Por mim. Sentiam muito por eu não poder abraça-la mais. E por não poder me acordar desse sonho ruim. Sentiam muito porque agora eu estava por mim mesma, e porque eu nunca mais iria poder abraça-la por trás, sentir o cheiro de teu café, provar tua comida. Porque nada mais seria igual, e porque as pessoas que mais amamos são retiradas de nós muito depressa. Minha mãe não me deixou despedir. Não me deu tempo de sofrer. A vida continua, é o que todo mundo me dizia. E eu tive que continuar indo à aula, comendo, e andando na rua. Um roubo de vida. Uma normalidade aparente aonde nada estava normal. E de tudo isso me sobrou as lembranças. As cosquinhas aos quatro anos, as broncas às dez da noite, as piadas tão sem graça! Minha mãe me ensinou que devemos aproveitar quem temos, que a vida é muito curta, e frágil. Que o destino não está gravado em pedra, que as pessoas que mais amamos são tiradas de nós muito depressa e que não podemos fazer nada quanto a isso. Minha mãe me mostrou que tudo é muito pouco se comparado ao amor, que amar é a coisa mais nobre que qualquer pessoa pode fazer e acima de tudo que aqueles que nos amam realmente e indescutivelmente nunca nos deixa de verdade."
- Essa noite eu sonhei que minha mãe tinha morrido. É engraçado essas coisas e o quanto a gente acorda assustada. Hoje eu tenho tempo pra dizer o quanto a amo. Tenho tempo pra dizer que acima de qualquer coisa ela sempre será a melhor coisa que aconteceu em minha vida, e que não importa o que aconteça, o quanto o tempo passe, ou que caminho minha vida decida levar, eu sempre a levarei comigo. Te amo mãe. Te amo. Bárbara Matoso.
- Essa noite eu sonhei que minha mãe tinha morrido. É engraçado essas coisas e o quanto a gente acorda assustada. Hoje eu tenho tempo pra dizer o quanto a amo. Tenho tempo pra dizer que acima de qualquer coisa ela sempre será a melhor coisa que aconteceu em minha vida, e que não importa o que aconteça, o quanto o tempo passe, ou que caminho minha vida decida levar, eu sempre a levarei comigo. Te amo mãe. Te amo. Bárbara Matoso.
"Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida ."
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida ."
-Eu sei que vou te amar - Tom Jobim
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Não existem segundas chances, porque nada volta a ser como era antes. Depois que algo é quebrado sempre vão existir marcas que vão provar que algo esteve errado. Não existe segundas chances quando um coração é magoado. Não existe outras oportunidades para algo que se deixou passar.
— Caio Fernando Abreu.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
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