"Ela nunca foi normal e nunca teve a paciência pra nada nessa vida. E o engraçado é que o que ela mais precisava, ela não tinha. Extremamente ciumenta, extremamente dramática, extremamente chata e se apega as pessoas ao extremo. Sempre foi intensa em tudo e até no que não era pra ser. As vezes demonstrava o que não era pra demonstrar ou demonstrava demais e acaba se atrapalhando nas próprias decisões. Sempre se sentia o erro de qualquer coisa que acontecesse. Chorava por se sentir errada ou por não ser o suficiente pra nada, sempre tinha que mudar. Ficava frustrada com a quantidade de pessoas que entravam e saiam da sua vida sem ao menos se despedir. Era uma pessoa difícil de lidar, se importava com pequenas atitudes e pequenos gestos, e as vezes se importava até demais. Menina intensa, menina difícil, sarcástica e meiga. Mas ela tinha um bom motivo pra ser do jeito que era : tinha medo de se decepcionar de novo,e de novo e de novo. Porque sabia que iria sofrer, porque sabia do jeito que era e no estado que ficaria após tal decepção. As pessoas costumavam entrar na vida dela, transformavam num caos e depois simplesmente sumiam, ninguém nunca ficara pra arrumar a bagunça que ficava depois de tal destruição...
Parece que todos tinham preguiça de conseguir chegar ao fundo do que ela era, fazendo com que ela se apegasse a pessoa antes mesmo de a conhecer profundamente. Talvez as pessoas se cansassem dela rapidamente, o que a machucava muito e a fazia ser uma menina que nunca estivesse bem consigo mesma."
-Talissa Santos.
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