"Me diz: quanto tempo até ser feliz? A curva no caminho é arriscada demais? O destino machuca? Me conta, me dá uma pista. Eu acordo todos os dias com medo de ter um erro daqueles de novela, sabe? Daqueles que mudam todo o caminho e aí a gente nunca mais se recupera. Olha, entenda que não tenho medo de errar e viver, apenas tenho tendência ao erro. Coração cego, cabeça tola. É por aí mais ou menos que vou. Mas me ajuda, seja você quem for, essa voz lá no fundo da minha mente: o que a gente faz para nunca parar de fazer? Ou melhor: o que eu não devo fazer? Quero as minhas certezas, mas me apego demais às dúvidas, talvez por culpa dos outros (eles nunca sabem o que querem de mim), talvez por mim, sem transferir culpa para ninguém (porque eu nunca sei até onde devo ir). Será que a gente pode renascer quantas vezes? Porque 365 dias no ano nem sempre parecem o bastante. Me diz logo, será que eu chego lá? Ah, e onde é que fica “lá” mesmo? Eu tinha uma bússola, mas ela nunca funcionou; me desculpe por não saber me ouvir."
— Camila Costa.
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