segunda-feira, 29 de abril de 2013

“Como era difícil respirar quando eu estava ao seu lado. Seus olhos tiravam meu ar e o jeito que você arrumava o cabelo de lado era desconcertante. Até hoje não entendo como me deixei levar por seu encanto tão rápido. Tão inocente. Tão eu. E se passaram dias, tardes, noites pensando em você. Pensando em nós. Escolhendo nomes para nossos filhos e pesquisando vestidos de noiva na internet […] O meu problema era você. Era te amar demais, era te querer demais. Sempre mais. Você não fazia ideia que por trás do meu sorriso indiferente havia uma garota apaixonada. Fazia? Você não sabia que todas as vezes em que me despedia de você entrava em casa e dançava sozinha. Você não tem ideia de quantas músicas escutei e pensei que eram nossas músicas. Não, você não tem. Você também não sabia que eu colocava aquele vestidinho rosa só porque eu sabia que era seu preferido. Você não sabia que eu odiava bala mas que sempre aceitava as suas para poder guardar os papéis na minha agenda. Você não sabia que eu tinha uma agenda cheia de desenho de nós dois? Não, não sabia… Se pudesse escolher, nunca teria me apaixonado. As borboletas consomem meu estômago e eu não sei mais o que fazer para que elas parem de nascer. Já tentei me distrair, ler um livro ou até mesmo assistir um filme sem final feliz. Mas em todos eles completo com cenas de nós dois. Com palavras que você me disse. Vejo casais que brigam sem motivos e imagino o dia que também iremos ficar assim. Nós vamos ficar assim, meu amor? Eu não quero. Tenho medo. Tenho medo de voar alto e sofrer uma queda dolorosa. Tenho medo de abrir meu coração e deixar que alguém faça uma bagunça. Você não vai, vai?”

Isabela Freitas

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