— F-ragmentadas.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
“Posso comparar-te a primavera. Depois da tua chegada sentia constantemente borboletas em meu estomago. Eu jurava de pés juntos que dentro de mim havia um jardim. E havia. O nosso amor era um belo jardim, o qual ambos cuidávamos todos os dias. Eu do que havia em você. E você do que havia em mim. Cada forma que você demonstrava o seu amor, era uma cor nova para o nosso arco-íris, que por mais contraditório que pareça, não veio depois de uma tempestade, mas ficou no passado por causa da que hoje se faz presente. Uma tempestade que me assusta, e que só existe dentro de mim, tempestade que se tivesse nome, teria o seu. Tempestade que se não fosse pelo seu adeus não existiria. Egoísta seria um perfeito codinome a você, mas nem que eu perca meu tempo dando-lhe codinomes você merece, não mais. Você transformou tudo. Acabou com a primavera em mim e a tornou num doloroso inverno. No qual o sol não brilhava, nem as borboletas apareciam ou os pássaros cantam. Tudo se tornou frio, desagradável. Não havia mais nada que pudesse ao menos me trazer alegria, afinal, apenas você conseguia tornar tudo tão… perfeito, e simplesmente jogou tudo ao ar e transformou nisto. Neste mar congelado. Neste infinito sem brilho, cor ou alegria. Não imaginava que você trocaria o calor da primavera pelo frio do inverno, isso não combina com você, aliás, não combina com a gente. O que combina com a gente pode não ser o mais belo jardim, a gente nunca foi de ser perfeitos, muito menos normal. Posso querer voltar o tempo, voltar as estações para sempre poder reviver aquele verão, quente e úmido que costumávamos pegar uma praia, ver as ondas se quebrando no mar…Mas como assim? Tão de repente tudo estava nublado, o tempo fechado me lembra de como eram as brigas, terríveis. Eu que nunca gostei de frio, nem de tempestades, nem de escuro passei a me esconder de baixo do meu cobertor, com calafrios vivo nessa tempestade continua, sem razão pra ter sol já que a sua temperatura ultrapassa-o. Quem dera eu pudesse voltar naquele verão…”
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