“Uma menina feliz, de sorriso fácil, sabia exatamente oque queria. Sonhadora, era capaz de qualquer coisa para torna seus sonhos reais. Não precisava de fortes maquiagens ou roupas vulgares para se sentir uma mulher. Sabia que um cérebro servia mais do que um belo par de seios siliconados. Sempre bem realista. Sabia seus limites, e sabia os limites dos outros. Sempre cabeça erguida, mas esquivada. Mas também não deixava ninguém lhe atingir. Sabia acabar com alguém, com um simples sorriso. Costumava não ligar para a opinião alheia. Não ligava também para o julgamento de falsos ou de invejosos. Esperta, era a melhor aluna de toda a a classe, talvez até a melhor aluna de toda a escola. Nunca tirou uma nota vermelha, sabia tudo em matemática, geografia, história, português e etc. Poderia ser considerada uma nerd. Mas ela não precisava passar horas estudando pra conseguir tirar boas notas. Mas sabe, havia uma matéria da qual ela vivia repetindo de ano. A matéria chamada ‘amor’. Amor para ela não era tão simples assim. O amor na verdade nunca é simples para quem já o sentiu. Ela evitava saber mais sobre esse assunto, por que o pouco que já tinha conhecido havia lhe ferido bastante. Mas ela nunca demonstrou. Sempre forte, forte como um escudo. Forte pra quem a olhava. Sim, apenas pra quem olhava. Porque por trás de toda essa força existe uma menina tão frágil quanto o vidro, até mais frágil. Existe uma menina ferida, ferida por culpa desse amor. E ainda tem quem diga que esse amor é bom. Não entrava na sua cabeça de nenhum jeito que o amor algum dia poderia ter feito alguém feliz. Ela sabia que felicidade era completamente diferente do amor que tinha sentido. Pelo menos pra ela. Ela via e revia esse assunto, o assunto amor. A procura de entender pelo menos oque uma pessoa sente quando esta amando, quando esta apaixonada. Ela ia atrás de respostas. Ela queria entender porque as pessoas dependem tanto desse amor, se ele já fez tantos sofrerem. Pra ela essas pessoas gostavam de praticar o masoquismo. Pra ela o masoquismo significa amor, o amor significa masoquismo. E assim vai[…]”
escritoradeboteco e apenasozinha
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