"Carta para uma menina supostamente “feia”.
Dói, né? Eu sei que dói… Ver todas aquelas meninas com corpo e cabelos perfeitos, chamando a atenção de todos ao redor, enquanto caminham oferecidamente. O rosto coberto por quilos e mais quilos de maquiagem - será que ninguém vê? As unhas impecáveis, enquanto as suas estão quebradas. Eu sei como é. Olhar-se no espelho e não querer acreditar no que vê. Achar defeitos em cada centímetro de seu corpo. Ver seus cabelos armados, suas olheiras ressaltadas, sua pele manchada e seu corpo sedentário, e querer desaparecer. Também sei como é se sentir inútil, desprezada, tola e incompreendida. Eu sei, eu sei. Dói. Mas sabe de uma coisa? Você, no seu pior dia, é muito melhor do que todas aquelas garotas manequins, juntas. Pois você é única. Você é uma combinação exclusiva de DNA. Uma combinação exclusiva de naturalidade, força, solidariedade e sinceridade. Sabe o quanto exige ser você mesma? É infinitamente mais fácil adequar-se ao padrão da sociedade, ser mais um boneco; pois não é necessário fazer decisão alguma. As palavras, já estão programadas, as ações estão estabelecidas. Mas aquelas meninas perfeitas, já não sabem mais quem são; com sorrisos falsos e palavras artificiais. Tudo o que você precisa ser, está aí dentro. Chama-se beleza interior. E se você não for você, então quem você será?"
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