E depois de não ter mais lágrimas a serem caídas, os dias se seguem com uma angústia torturante da qual já deveria ter me acostumado. E de repente eu me vejo retirando os velhos sonhos, as velhas vontades e esperanças que me restaram, de dentro do baú que guardo a mil chaves aqui dentro. E tento sair da solidão. Vou aumentando as doses de esperanças diárias de que as coisas ainda tem chance de dar certo e que não sou um erro por completo. E quando chego no ápice de meus desejos, quando chego no clímax do meu pequeno momento livre, daquilo que me acompanha diariamente, sinto-me como se ainda nunca tivesse visto a realidade. Sinto-me como alguém que sabe sonhar novamente, como se estivesse voando no meu próprio céu fantasioso. E no âmago de tudo, aquilo que sempre fujo aparece e me busca como se fosse um demônio afugentando uma criança e a levando para o seu covil. E volto a chorar. Volto a me prender em mim mesma. Volto às minhas realidades e impossibilidades. Volto e dou de cara com meu erros e defeitos refletidos no espelho. Volto para aquilo que tirou minha felicidade ilusória. Volto para o meu pequeno monstro de estimação. Não há formas de fugir da solidão enquanto aonde você for ela te acompanha, não como uma sombra, mas como parte de você. Não se deve fugir dela, e sim, saber conviver com a tal.
"Pega a solidão e dança".
O problema é que não ensinam isso para nós nas escolas... E se tivessem ensinado, nessa matéria eu tiraria zero.
[T.S.]
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